Rota dos Quadrazais

                            GALERIA FOTOGRÁFICA
Aqui irei manifestar a minha opinião sobre o passeio realizado em 11 de Novembro de 2005, na zona de Quadrazais, ao qual foi atribuído o nome de Rota dos Quadrazais.
Tudo começou numa manhã do dia de S. Martinho, no parque junto às instalações do Clube SEMLIMITES, em Pombal.
Fui dos primeiros a chegar e como ainda não conhecia ninguém ligado às actividades, fiquei junto com a família, a observar os veículos que se aproximavam. À medida que estacionavam, havia os habituais cumprimentos mas todos mostrando um certo distanciamento entre si. A verdade é que fiquei deveras apreensivo, pois apesar de não contar com nenhuma  manifestação, comentei para os meus acompanhantes que se aquele era o ambiente alegre e motivador que caracteriza normalmente os amantes da modalidade, o resto do fim de semana mostrava-se bastante sombrio. Nunca me enganei tanto como nessa manhã!!!
Só mais tarde é que nos apercebemos que os outros participantes, sofriam da mesma incerteza, pois eram muito poucos os que já antes privavam entre si. No entanto, à hora marcada (mais hora, menos hora) a caravana arrancou, contando desde logo com a participação "radiofónica" da incansável Dora, que acompanhava com o nosso amigo Tintas. Logo no início, compunham o grupo as viaturas do Rogério, do David, da Anabela (irmã da Dora), do Licínio, Pedro da Guia e, evidentemente, o Tintas e eu próprio.
A primeira paragem, na tasca do Vale da Mula, onde afortunadamente se compraram alguns enchidos da zona, juntou-se ao grupo o TÓ com a Patrícia. Daí seguiu-se para o Parque das Termas de Monfortinho, local escolhido para o almoço. Aqui fez a sua aparição o TÓ CORDEIRO com a respectiva família. Para cumprir o calendário previsto, seguimos para a aldeia histórica de Monsanto. Durante o percurso nunca os CB's se silenciaram. Logo aí, começou o "degelo". Ao longo do dia foram-se cimentando as amizades, muito contribuindo a "argamassa" que todos traziam para a primeira refeição, devidamente molhada com o tinto, cerveja e outras bebidas, que se misturavam nas "betoneiras" de cada um de nós.
Após uma pequena volta pela povoação, fomos recebidos pelo presidente da Junta de Freguesia, o meu bom amigo RÉGIO, a quem desde já agradecemos a excelente recepção e o prazer da sua companhia, juntando-se também ao grupo o CARLOS SILVA, presidente do Clube organizador do evento. Nesta altura, já todos gozávamos de uma empatia que nos trazia a sensação de nos conhecermos desde longa data. Findo o repasto, regressámos a Monfortinho, para pernoitarmos numa das pensões da zona, que abriu expressamente para nós. Terminámos a noite, a jogar às cartas e a "tratar da saúde" a umas garrafas que se mostravam incómodas para prosseguirem a viagem ;)...    No dia seguinte, fomos presenteados com a visita a diversas povoações da zona, quase todas elas de interesse histórico e com um maravilhoso passeio "off road" pela região, onde o nosso espantoso guia e o seu verdadeiro instinto de orientação nos conduziu pelas terras da raia, (mesmo por Espanha). Na circulação ao longo da fronteira, foi até aventada a hipótese de "carregarmos" alguns dos marcos divisórios, contribuindo assim com o melhor espírito patriótico de modo a "expandirmos" o território nacional. (...Resquícios da véspera!!!)       Nesse dia, o almoço foi no Clube de Caçadores dos Foios, tendo a "rapaziada" comido o tradicional javali e as boas trutas salmonadas. Também, não fomos avaros no consumo das bebidas, de tal modo que se esgotou com a geropiga ali em "stock". 
Na continuação do trajecto programado, o TÓ "vislumbrou" ao longe uma tascazinha, que não constava nem no mapa, nem no "road book", mas cujo azimute se enquadrava perfeitamente no nosso percurso e, sem delongas, todas as bússolas e GPS's apontaram novos rumos!. (Até pareço o Camões com os Lusíadas)
Para variar e depois de um percurso poeirento, com as gargantas ressequidas, quais heróis do velho Oeste Americano, abancámos saciando a nossa sede. Começou-se pela bebida da época (geropiga) e depois de "secarmos a fonte" (bebemos os dois garrafões que eles tinham), veio uma grade de "minis" fresquinhas que caíram que "nem ginjas". Para petisco, e mata-borrão, lá fomos às reservas de enchidos que compráramos na véspera. Também eles "marcharam" todos. Aqui tivemos o grato prazer de conviver com o avô do TÓ, que apesar da idade já avançada mostrou estar à altura da situação, "ombreando" ali com dois "borrachinhos" dos que compunham o grupo (Patrícia e Dora, conforme atestam as fotografias).
Com a hora do jantar a aproximar-se, preparámo-nos para o percurso até Alfaiates, onde se jantaria e dormiria. Porém, antes da partida, fomos presenteados com uma verdadeira exibição de condução em lama putrefacta de uma ribeira (provável esgoto público), efectuado pelo Tintas, mesmo nas "barbas" da GNR que por ali passou e sabiamente "ignorou" a nossa "imperceptível" presença.
O jantar decorreu num ambiente de total familiaridade, com a boa disposição a sobrepor-se a qualquer preocupação que pudesse ensombrar aquele espectacular sentido de convívio. No final, houve ainda um grupo de completos "malucos", cujas identidades me abstenho de dizer, por razões de segurança dos próprios, que foram terminar o serão para uma discoteca dos arredores, onde para infelicidade dos proprietários começou o estabelecimento a "sofrer de impertinentes cortes de energia eléctrica".
Como era de esperar, no dia seguinte, que amanheceu bastante chuvoso, a tempestade era pior na sala do pequeno almoço, do que no agreste clima do exterior. Nunca assisti a tamanha corrida aos preciosos "Guronsans"... O almoço teve lugar na  aldeia de Sortelha, que primou pela continuação do excelente ambiente até ali vivido. Quanto ao tempo, também ele desejou participar em pleno no evento, proporcionando neste último dia uma espectacular queda de neve.
Já no regresso e estando todos a sofrer da nostalgia do términos do fim de semana,  o Pedro da Guia, surpreendeu-nos com uma visita a sua casa, naquela localidade, onde já previamente providenciara bifanas e cerveja para todos. Finalmente, pela meia-noite, dispersámos, cada um para o "seu canto", com a maravilhosa sensação de ter passado um inebriante fim de semana, mas sobretudo valorizado com o privilégio de contar com mais um excelente grupo de AMIGOS que souberam, todos sem excepção, transformar um amontoado de desconhecidos em elementos completamente familiares.
O meu GRANDE OBRIGADO a todos quantos participaram neste passeio e até ao próximo.