Como habitualmente, neste ano foi tudo devidamente programado e preparado (entenda-se municiadas as “coolers”* e os sacos com as febras e costeletas do cachaço para assar), para no primeiro Sábado de Agosto, partir a pequena caravana à aventura por terras Terceirenses.
Assim, com muitas minis e água (só a dos radiadores e uma garrafa para alguma emergência, que se veio a verificar de grande utilidade), lá se conseguiram juntar todos os participantes, pelas 11h30 (hora inicialmente prevista 9h30/10h00). Mais minuto, menos minuto ;), arranca o amigo Marusca com o seu novo bólide (Korando), seguido do Manuel Fernando com o Pedro na máquina “infernal” (Samurai) e do Passarinho com o Luís (também em Samurai), finalizando o Fernando comigo no seu incomparável “tractor” (Korando).
Saímos das instalações deste último, no Biscoito Bravo e dirigimo-nos para o início das 4 Ribeiras, onde subimos em direcção à respectiva Serra, passando pelas instalações degradadas da RTP e continuando em direcção às matas da Agualva. Como a manhã já ia avançada e os estômagos anteviam o repasto (não tem nada a ver com voltar a comer pasto!!!), houve que procurar escolher o local adequado para fazer o braseiro. Inesperadamente, escuta-se nas proximidades o rugir de um motor que não se enquadrava na caravana inicial, pelo que cautelosamente aguardou-se a chegada do visitante. Aparece-nos, então, o Chico na sua carrinha 4x4 que ouvira a passagem dos nossos veículos e imediatamente decidiu vir cumprimentar-nos. Apercebendo-se da nossa premente necessidade, prontificou-se a conduzir-nos a um recanto magnífico, que alguns dias antes, ele e uns colegas das motos, haviam descoberto. O grelhador ainda estaria em posição e preparado para o “serviço”.
Lá partiu uma vez mais a caravana, desta com a carrinha à frente. O local escolhido era, de facto, magnífico. Tudo cercado por denso arvoredo, sendo o percurso ladeado por alguns eucaliptos novos. Como o trilho era estreito, o Chico ao chegar estacionou a viatura e depois de se apear, veio ao encontro da “caravana” para ajudar na manobra de aproximação e estacionamentos. Ao indicar o melhor percurso ao Manuel Fernando, “esqueceu-se” de sair do alcance de um dos pequenos eucaliptos, que teimosamente ficou sob o pneu dianteiro do samurai, que bruscamente se inclinou e acertou em cheio na cabeça do infortunado Chico. Como a queda no chão foi aparatosa e ele parecia estar inconsciente, deu-se o melhor uso possível para a garrafa de água fresca. Derramada na cabeça do amigo, para o trazer de novo à hora do almoço...
Recuperado do acidente, o Chico lá se reconfortou com umas “bjecas” fresquinhas, enquanto nós preparávamos as brasas para grelhar a carne que eu comprara na véspera, temperada com um molho especial que o Fernando trouxera de casa. Saciada a sede inicial, o Chico e o Marusca, tiveram que se ausentar, pelo que despediram-se lamentando os compromissos já assumidos.
Após comermos e bebermos como “bestas” (não havia padres ao pé), iniciámos o percurso escolhido para a tarde, já só com 3 viaturas. Regressámos à Serra das 4 Ribeiras, onde foram recordados alguns troços da última prova dos Trilhos do Norte.
Já no final do passeio e na descida de um obstáculo um “bocadinho” inclinado, o Samurai do Manuel Fernando sofreu um ligeiro percalço. Ficou com a barra da direcção feita num U invertido. Rapidamente foi desmontada e deu-se início à mais rocambolesca “assembleia” com as mais estapafúrdias sugestões para endireitar aquele pedaço de ferro que teimosamente assumia sempre a mesma posição. Já com os neurónios ligeiramente abalados, o Manel segurando a barra por uma das extremidades, deu largas à sua fúria batendo com ela numa das pedras que nos rodeavam. SURPRESA!!!! A malfadada peça desfez grande parte da sua curvatura. Atónitos e risonhos, demos continuidade à operação de reparação, batendo cada vez com mais força, até que se tornou quase imperceptível o acidente ocorrido. Tudo montado no seu lugar, iniciámos o regresso aos Biscoitos. Mais uma vez se demonstrou que a natureza é a melhor amiga do Homem (até para resolução de problemas mecânicos!!!). Durante todo este tempo de actividade, foi-se consumindo o combustível essencial para a manutenção do corpo e do espírito em perfeitas condições, combatendo-se, assim, a desidratação com as minis que nunca deixaram de manter a sua baixa temperatura, adequada ao meio ambiente (caloraça do caneco).
Foi deste modo, que passámos uma vez mais, um Domingo espectacular, só possível graças à boa disposição e verdadeiro espírito TT, de todos os meus inolvidáveis amigos, que só lamento não poder usufruir da sua presença permanentemente. Decorreu ainda tão pouco tempo, mas as saudades são já imensas... Até para o ano AMIGOS...
* Coolers - malas térmicas